sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Up: Altas Aventuras

É triste ver que muitos consideram a animação uma forma de mídia menor e de pouco valor, pré-supondo que o seu resultado final será, no máximo, divertido. Up – Altas Aventuras é o exemplo claro de que isso não se encaixa em todo caso.

A julgar pelo início um tanto dramático, é notório que o filme é dirigido pra um público mais desenvolvido e que tem uma visão um pouco mais madura, o que pode tornar ele pouco acessível para aqueles que esperam uma aventura infantilizada ao extremo. Nada que o deixe completamente frio, a produção consegue mixar boas doses de drama reflexivo com alguns alívios cômicos.

Ao longo da envolvente história, notamos que a Pixar consegue manter e até melhorar suas características técnicas como: animação, trilha sonora e edição de som; tornando a trama mais agradável e leve pra quem assiste e fazendo o filme se tornar um grande obra-prima.

Apesar de ser bastante subestimada pelo grande público, a animaçãp recebeu o merecido reconhecimento da Academia ao ser indicado para melhor filme. Apesar de não existirem muitas esperanças para que a animação saia vencedora, é bom ver o grande passo que está sendo dado em relação ao gênero que é tão desprezado por muitos.

Se não houve quem desse o reconhecimento necessário para excelentes filmes como Wall-e e Ratatouille, que fique a lição e que Up - Altas Aventuras se torne um grandioso início para um futuro promissor e não um caso isolado.

Up (2009)
Direção: Pete Docter
Roteiro: Pete Docter, Bob Peterson, Thomas McCarthy
Elenco: (vozes originais) Edward Asner, Christopher Plummer, Jordan Nagai, Bob Peterson, Delroy Lindo, Jerome Ranft, John Ratzenberger, Pete Docter
Cotação: 9.5
(Animação, 96 minutos)

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Distrito 9

Sendo bastante alardeado pelos críticos de fora, Distrito 9 em sua teoria, prometia uma grande mudança nos dogmas da ficção científica, deixando a esperança de que uma boa trama estava por vir, logo, a grande expectativa ou preocupação era de como ela seria apresentada pro público que estava acostumado a ver a mesma fórmula a cada produção lançada.

A boa notícia, é que a promessa é cumprida e realmente temos um filme diferenciado do comum. Já de início somos apresentados a uma situação diferente e que traz um excelente clímax inicial. Aqui, o diretor opta por utilizar uma narrativa documental que aos poucos se ‘perde’ para sermos apresentados a triste situação do protagonista e a uma trama mais corrida e movimentada.

O problema é quando isso acontece, toda curiosidade e empolgação inicial passa e o filme começa a soar desinteressante e ameaça a cair nos clichês de sempre, mas o final chega e tudo isso vira apenas um ‘alarme falso’.

Como resultado completo, temos um filme que tem uma premissa incrível que infelizmente deixa a impressão de que poderia ter sido melhor, mas que não tira os méritos de sua ousadia e excelente diversão, que é bem diferente do que estamos acostumados a ver, o que já significa muito.

District 9 (2009)
Direção: Neill Blomkamp
Roteiro: Neill Blomkamp, Terri Tachtell
Elenco: Sharlto Copley, Jason Cope, Nathalie Boltt, Sylvaine Strike, Elizabeth Mkandawie, John Sumner, William Allen Young, Greg Melvill-Smith, Nick Blake
Cotação: 7.0
(Ficção-científica, 112 minutos)

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Surpresas do Amor

A todos que esperam o típico filme que agrada todos que procuram uma diversão descompromissada que até chega a render algumas boas risadas durante da sessão, aqui vai o aviso: Corra! Surpresas do Amor consegue ser tão inútil, que nem para isso serve.

Se já não bastasse a inutilidade, o filme ao longo de cada minuto consegue tomar um caminho inimaginavelmente ridículo, fazendo com que os momentos de maior relevância sejam ‘originais’ quedas de telhados e perseguições de adultos atrás de crianças. Vemos também durantes as cenas o tamanho desinteresse dos atores em relação aos seus papeis, deixando a impressão que a única razão de terem filmado fosse o bônus final.

Sem comentar todos os outros aspectos que fazem desse, um dos piores filmes do ano passado e são casos como esse, que me fazem questionar o futuro das comédias românticas, que ultimamente vem se tornando um total deperdício de tempo para os espectadores e espaço entre as grandes produtoras.

Four Christmases (2008)
Direção: Seth Gordon
Roteiro: Matt Allen (argumento e roteiro), Caleb Wilson (argumento e roteiro), Jon Lucas (roteiro), Scott Moore (roteiro)
Elenco: Vince Vaughn, Reese Witherspoon, Robert Duvall, Sissy Spacek, Jon Voight, Jon Favreau, Mary Steenburgen, Dwight Yoakam, Tim McGraw, Kristin Chenoweth, Colleen Camp
Cotação: 2.0
(Comédia, 88 minutos)